Aplicativos autóctones em franquias jornalísticas: a possível transformação de rotinas produtivas na convergência com meios digitais

O objetivo do capítulo é expor resultados de investigação sobre a características das estratégias em mídias móveis de franquias jornalísticas vinculadas a jornais de referência brasileiros. Acredita-se que o surgimento dos aplicativos “autóctones” gera demandas distintas e pode implicar em alterações significativas na forma de pensar o fazer jornalístico em redações que aderem a esse tipo de produção. Ou seja, esses novos meios de se noticiar estão forçando a equipe de determinados jornais a pensarem de maneira diferente do comum, ou até mesmo, pensarem mais de uma forma sobre como noticiar algo.

 

Vale lembrar que os aplicativos jornalísticos seguem lógicas peculiares, têm estrutura visual específica e design jornalístico próprio. Segundo Barbosa (2013), um app autóctone é uma ferramenta criada exclusivamente para a disponibilização de notícias em tablets. Tal acontecimento marca o desenvolvimento da quinta geração do jornalismo em redes digitais. É importante destacar que, por se tratar de uma definição de 2013, se acreditava que os tablets iriam cair no gosto do consumidor e realmente se tornar um meio muito comum e popular de consumir notícias. Hoje, quase cinco anos depois, sabemos que isso não ocorreu dessa maneira. A tendência seguida mais fervorosamente é a adequação para os celulares.

 

O investimento em estratégias multiplataforma no jornalismo não é uma prática recente. Desde que as organizações noticiosas começaram a trabalhar com mais de uma mídia em suas produções, o resultado é a necessidade de adaptação dos jornalistas e dos produtos jornalísticos disponibilizados ao público. Tal ação acarreta a acumulação de tarefas na redação, ou a polivalência dos profissionais (produtor fazendo reportagem, repórter editando matérias…). Com a tecnologia disponível no momento, o que pode se perceber claramente é a potencialização desse processo. Segundo os autores do texto, “os aparatos úteis à produção e à distribuição de conteúdos são cada vez mais miniaturizados e acessíveis”. Uma câmera, um microfone e um computador estão disponíveis na palma da mão de um repórter, por meio do celular do mesmo. Com esse novo cenário, novas práticas podem surgir nas estratégias que se concretizam através desses aparelhos.

 

Os autores investigaram os jornais que conquistaram credibilidade e reconhecimento ao longo do tempo e que passaram a investir na Web e em mídias móveis, durante agosto de 2015 e setembro de 2016, tornando parte do processo quatro etapas:

1 – A identificação das publicações dos principais veículos jornalísticos brasileiros de referência que atuam como franquias;

2 – A verificação de quais franquias trabalham com publicações na Web e em aplicativos móveis através da convergência com meios digitais;

3 – Averiguação de quais possuem aplicativos autóctones e de peculiaridades das suas interfaces e conteúdos;

4 – Realização de entrevistas semiestruturadas com profissionais dos meios que trabalham com apps autóctones.

 

Segundo análise dos autores, baseados nos conceitos de Salverría e Negredo (2008), o resultado foi o seguinte: a nível C2 = 100 veículos de comunicação. A nível C3= 4 veículos de comunicação. A nível C4= 6 veículos de comunicação (Gazeta de Alagoas [AL], Diário do Amapá [AP], O Liberal [PA], Folha de Pernambuco [PE], Jornal O Globo [RJ] e O Estado de São Paulo [SP]).

 

Pauta Multimídia

Nome – Canção-cidade

  1. Tema e questão central ou proposta da pauta;

A proposta é ilustrar canções (contemporâneas) de músicos de Fortaleza que são ambientados ou que falam sobre a cidade. Entender a relação desses artistas com as ruas e o que os inspira.

  1. Enquadramento;

Abordar pontos de vista mais subjetivos sobre a cidade, e, desse modo, construir diferentes imagens da mesma Fortaleza, vivida por artistas diferentes.

  1. Fontes a serem utilizadas;

Fernando Catatau

Vitor Colares

Emília Shramm

Ayla Lemos

Luiza Nobel

Caio Castelo

Tiago Almeida

Danilo Guilherme

Matheus Vale

  1. Itens relevantes a serem abordados;

A relação dessas pessoas com a cidade, a vida que elas levam aqui e as motivações para as composições.

  1. Roteiro de perguntas a serem respondidas;

Qual o contexto e o momento em que a canção foi escrita?

De que modo a cidade de Fortaleza está presente na sua produção?

  1. Histórico e informações adicionais;

Fortaleza tem grandes obras compostas sobre sua história, este traço é muito presente em discos dos anos 70, como, por exemplo, nas obras de Amelinha, Belchior, Téti, Fagner, Ednardo, etc. Também é possível perceber esse traço nas canções dos artistas mais novos, como Fernando Catatau, Emília Shramm, etc.

  1. Recursos multimídia serão utilizados

Mini-docs de cada música, ilustrando os lugares abordados e trazendo as falas do artistas.

Galeria de fotos dos artistas na cidade

Áudio das músicas

  1. Mapas  

Mapa mostrando as regiões abordadas pelas canções

  1. infografias
  2. Design

Design clean, com elementos-chave da cultura contemporânea de Fortaleza. Cores que remetam a cidade (O verde do mar e o cinza dos prédios, por exemplo).

Pauta Reversa

Forró das antigas

  1. Tema e questão central ou proposta da pauta;

A proposta da pauta será fazer um panorama do forró no Ceará, abordando desde os tempos de Luiz Gonzaga até hoje.

  1. Enquadramento;

É importante buscar as histórias de vida das pessoas que fizeram parte da história do Forró e expor suas opiniões sobre as mudanças pelas quais o ritmo passou.

  1. Fontes a serem utilizadas;

Bete Nascimento e Kátia Cilene, integrantes do grupo Mastruz com Leite

(O Mastruz com Leite foi um grupo importantíssimo para a história do forró, pois inovou em vários aspectos e fez muito sucesso mesmo em tempos de difícil divulgação)

Rita de Cássia – Cantora

(Rita é cantora e compositora de forró e costuma levantar algumas questões sobre as músicas atuais)

Sirano – da dupla Sirano e Sirino

(Sirano, sanfoneiro, fez história no forró e compôs muitas canções)

  1. Itens relevantes a serem abordados;

Como era viver de música antes das plataformas de divulgação existentes hoje?

Quais as mudanças

  1. Roteiro de perguntas a serem respondidas;

Como foram suas trajetórias no forró, quem os inspiram e o que pensam sobre o atual cenário do forró no Ceará.

  1. Histórico e informações adicionais;

Histórico do forró, informações sobre as obras dos grandes nomes do forró, como Luís Gonzaga, Jackson do Pandeiro, Dominguinhos, etc.

  1. Recursos multimídia serão utilizados

Fotos e GIF animado na introdução da matéria

  1. infografias

Infográfico com dados históricos.

  1. Design

Design minimalista, usando apenas as cores rosa e branco.

http://plus.diariodonordeste.com.br/forro-das-antigas/